sábado, 16 de março de 2013

Cegos

Uma verdade um tanto esquecida:

Nós não conhecemos a nós mesmos...
E achamos que conhecemos os outros. 

Por que estou dizendo isso se você com toda a sua força e tamanho e coragem sabe cada canto do seu ser?
Porque você não conhece. 
E sabe o outro? 
O outro conhece-te e conhece-se menos ainda. 
Passamos uma vida (e quem sabe até depois dela) para tentar conhecer alguém (ou nós mesmos). Podemos saber seus gostos, seus medos, suas vontades. Sabemos exatamente como ela gesticula, como ela fala, como ela sorri. Vemos tudo isso. 
Vemos. 
Mas saber é mais, conhecer é bem mais. 
Nem o teu amor tu conheces como queres. Nunca irá conhecer. Você vê o que é, e até sabe um tanto sobre ele, mas conhecer de verdade, na íntegra, não. 
Justamente por nem o teu amor se conhecer. 
E então, olhe em volta, procure mais de você. 
Encontre-se. 
Busque nas vitrines, nas pessoas, nos olhares, nas música, nos textos, nos poetas. 
Ache o que te é parecido. 
Parecido, igual não. 
Igual não, porque você é só você. Não no sentido empobrecido que lhe pareceu, mas no sentido único do ser. 
Único e bem mais do que vêem. 
Aquilo que vêem é tão pouco, tão pouco que não se calcula a proporção do que é. 
Seja mesmo que não saiba o que é, 
seja porque viver é a única coisa que nos é pedido e ainda assim estamos deixando a desejar. 
Viva mesmo nos dias de tristeza, viva sempre e viva da forma que melhor lhe convém. 
Não precisa se conhecer tão completamente para fazê-lo. 
Basta amar-se cegamente.

Luz. 

Thaís Peace

3 comentários:

  1. A humanidade é um jogo de espelhos.
    GK

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  2. Este seu texto está lembrando a fase da qual vivo!!
    Estou me conhecendo =)

    http://mundodorrx2r4r.blogspot.com.br/

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  3. Compartilho dos mesmos pensamentos. Acredito que conhecer a si mesmo seja uma das tarefas mais difíceis para o ser humano. Buscar o autoconhecimento é como querer conhecer algo que parece que já se conhece completamente! E é ai que está o problema. Essa sensação mascara a nossa necessidade de conhecer a fundo o que há de essencial em nós mesmo. A conclusão é simples. Somos o que menos sabemos que somos.

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Que bom te ter aqui. :)