sábado, 24 de dezembro de 2011

Fazei de mim instrumento de Vossa Paz.

Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

São Francisco de Assis

sábado, 10 de dezembro de 2011

# Música do Dia - III

Olá, leitores. 
A música de hoje me faz pensar e refletir sobre nossa atual sociedade. É, sem dúvida, umas das músicas mais inteligentes que já ouvi. 
Da banda carioca Forfun, a música Escala Latina fala de forma realista como a cultura do dinheiro afetou e afeta nossa vida. 
Faixa do disco Polisenso (2008), a melodia é animada e um tanto dançante, já que tem uma pegada latina com seus efeitos eletrônicos, típicos do disco que a lançou. A letra é de uma riqueza de informações e mensagens que vale a pena ouvir repetidamente. 
Com vocês... 


Escala Latina - Forfun

Índios habitavam em paz as suas ocas
Até que as raposas deixaram suas tocas
Vieram pelo mar com a cruz e a espada
Pra roubar e violentar a nova terra imaculada
Pretenciosos, senhores da razão
Queimaram na fogueira o valor da intuição
Extermínios, catequeses e a 'Santa' Inquisição
São séculos de crimes, tortura e escravidão
Navios negreiros não cruzam mais o oceano
Mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando
Impondo ao mundo a cultura do capital
Materialismo, acumulo e o pensamento individual
Abstrairei os ataques da propaganda
E os valores egoístas que eles vêm para pregar
A mentira secular de trabalhar para viver
E a rotina angustiante de viver pra trabalhar
A concorrencia de mercado e a histeria produtiva
A sociedade de consumo e seu sentido sem sentido
Marginalizam o ócio e a vida contemplativa
Sufocando almas num deserto criativo
Navios negreiros não cruzam mais o oceano
Mas o trabalho e o dinheiro continuam escravizando
Impondo ao mundo a cultura capital
Materialismo, acúmulo e o pensamento individual
O sangue e o suor os povos do mundo inteiro
São oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro
Mas essa forma de existência desumana e limitada
Será em breve abolida e pelo amor superada
Um fato sabido é que o luxo só existe às custas de muita miséria e o bem-estar social é privilégio de poucos que se pratica uma lavagem cerebral disfarçada com o nome de entretenimento, mas mesmo diante da maior das atrocidades não experimentaremos sentimentos como o ódio e o desprezo ao invés disso nossos corações transbordarão amor e compaixão.

forfun.art.br


Luz. 

Thaís Peace. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Instantes


Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. 
Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. 
Seria mais tolo do que tenho sido, na verdade  bem poucas coisas levaria a sério. Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. 
Iria a mais lugares aonde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.
Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto de sua vida, claro que tive momentos de alegria. 
Mas, se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de bons momentos; não percas o agora. 
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas; se voltasse a viver, viajaria mais leve. 
Se pudesse voltar a viver começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse uma vida outra vez pela frente. 
Mas, já viram, tenho 85 anos e sei que estou morrendo. 

O escrito acima é de autoria desconhecida. Alguns, entretanto, o atribuem ao escritor argentino Jorge Luís Borges, e outros, à escritora americana Nadine Star

Luz. 

Thaís Peace